ORDEM DO MÉRITO DA MEDICINA VETERINÁRIA DA BAHIA AO MÉDICO VETERINÁRIO BENEDITO FORTES DE ARRUDA

SOLENIDADE DA OUTORGA DA COMENDA DA “ORDEM DO MÉRITO DA MEDICINA VETERINÁRIA DA BAHIA” AO MÉDICO VETERINÁRIO BENEDITO FORTES DE ARRUDA, REALIZADA EM 19 DE DEZEMBRO DE 2004. 

FIG 15
Dr. BENEDITO FORTES DE ARRUDA

 

Como parte das comemorações do 5º Aniversário da fundação da Academia Baiana de Medicina Veterinária, foi outorgada a comenda da “Ordem do Mérito da Medicina Veterinária da Bahia” ao médico veterinário Benedito Fortes de Arruda, Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária e realizado o lançamento do volume nº. 1 dos Anais da ABAMEV. 

A solenidade ocorreu no dia 9 de setembro de 2004, às 19 horas, no Auditório Professor Mauro Camargo na Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia. Compuseram a mesa diretora os médicos veterinários João Vieira Neto, Presidente da Academia Baiana de Medicina Veterinária, Carlos Humberto de Almeida Ribeiro Filho, Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, Silmar Pires Bürer representante da Academia Paranaense de Medicina Veterinária, Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida Presidenta da Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia, Nilzete Clarinda das Virgens, Presidenta da Cooperativa dos Médicos Veterinários da Bahia e José Vasconcelos Lima de Oliveira, Diretor da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia. 

O homenageado foi conduzido ao recinto pelas Acadêmicas Titulares, Maria Emília Bavia e Wilma de Albuquerque Franco. Coube ao Acadêmico Titular José Guilherme da Motta fazer a saudação em nome da Academia, o qual salientou os relevantes serviços prestados pelo homenageado à Medicina Veterinária da Bahia e do Brasil. Foram convidados os Acadêmicos Titulares Aroldo Cedraz de Oliveira e Eliel Judson Duarte de Pinheiro para procederem à outorga da comenda, Luciano José Costa Figueirêdo para entrega do diploma, e Ardson José Leal para tomar assinatura do homenageado no livro de posse. Doutor Benedito Fortes de Arruda, em eloquente discurso, agradeceu a homenagem recebida. 

 

Dando continuidade aos trabalhos o Senhor Presidente solicitou aos Acadêmicos Eulógio Moreira Caldas, Geraldo Cezar de Vinháes Torres e Heitor Dourado Porttela Póvoas a procederem à entrega ao Dr. Benedito Fortes de Arruda do primeiro exemplar do volume 1 dos Anais da ABAMEV, cuja impressão foi patrocinada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.   

Em um ambiente agradável e festivo os convidados participaram de um delicioso coquetel. 

SAUDAÇÃO PROFERIDA PELO ACADÊMICO TITULAR FUNDADOR JOSÉ GUILHERME DA MOTTA, POR OCASIÃO DA OUTORGA DA COMENDA DA ORDEM DO MÉRITO DA MEDICINA VETERINÁRIA DA BAHIA AO MÉDICO VETERINÁRIO BENEDITO FORTES DE ARRUDA.  

Com renovada alegria retornamos a esta casa, neste anfiteatro que nos agasalha, inspira e se constitui em cenário de tantas recordações e acontecimentos.  

É um privilégio dispormos da representação da Academia Baiana de Medicina. Veterinária para saudarmos o Dr Benedito Fortes de Arruda, MD Presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária, quando da justa homenagem que lhe é prestada com a concessão da comenda de Honra ao Mérito da Medicina Veterinária da Bahia. 

Quando nos foi atribuida a distinção de saudar o homenageado, recebemos seu currículo na imparcialidade da máquina, pelo e-mail. Procedemos a leitura do conteúdo procurando identificar nas entrelinhas, a alma daquele documento, Quem estava ali, de que vida se tratava, qual a hierarquia de grandezas deveria ser adotada no entendimento daqueles feitos, onde se encontrava a maior prevalência de acertos, erros e emoções? Quais as tarefas encargos e realizações foram desempenhadas com maiores dificuldades, empenho e sofrimento, onde residiam os maiores desafios?  

Cada degrau, cada etapa daquela carreira foi conquistada graças aos êxitos anteriores, mas também acumulando amarguras pelos enganos que nos ensinam e orientam para a reformulação em direção aos acertos. 

Como interpretar e trazer de volta aquelas noites de preocupações; o distanciamento da família, os momentos de isolamento para tomada de decisões, a incompreensão de muitos, o estímulo de outros, enfim, vivendo a vida, realizando as tarefas além do dever, e sempre com a sensação de que poderia ter feito melhor. Nessas circunstâncias, como traduzir tantos sentimentos, mesmo fazendo uma leitura emocionada destas linhas? Jamais encontraríamos o limite dos esforços, a convergência do conhecimento, da experiência, do talento, mesclado com o método do erro e acerto que somos obrigados a adotar pela impossibilidade de aquilatarmos todas as nuanças de uma questão.  

Por certo a vida lhe tem concedido todas as emoções, mas nunca ao mesmo tempo. Umas, marcaram mais do que outras, e tornaram-se companheiras permanentes em sua vida , e assim moldaram o seu destino e reações.  

Qual de nós não se emocionou diante de uma platéia, em debate ou simplesmente observando um acontecimento? Quem não sentiu as mãos trêmulas, o frio do suor na face e o coração a todo vapor em desesperado ressonar?  

Visto por este ângulo, não há espectro de homem, todos já sofreram..  

Nosso homenageado, partindo da longínqua e acolhedora Coxipó da Ponte, em Mato Grosso e aluno do Colégio Salesiano, sequer poderia sonhar com os caminhos da vida e onde iriam levá-lo. Naquela época, antes dos 10 anos, a visão do futuro ainda era imprecisa, talvez só devaneio. A vida e o tempo se associaram conspirando para a trajetória do Dr Benedito ainda em evolução. 

De Mato Grosso onde iniciou seus estudos, a mudança para Goiás  os colégios Estadual e Dom Bosco, a vocação para os estudos da Medicina Veterinária e sua formação na Universidade Federal de Goiás.  

Como todo jovem, realizou inúmeros cursos que lhe dotaram de experiência em áreas variadas, complementando sua formação inicial.  

Seguiram-se então os Congressos, Seminários e Encontros, além das primeiras manifestações de maturidade profissional, com participações do homenageado na qualidade de Debatedor e proferindo Palestras em inúmeros eventos representativos da Medicina Veterinária.  

Foi intensa e variada a sua atividade no exercicio profissional, ocupando posições de liderança como executor de convênios celebrados entre Ministério da Agricultura e o Governo do Estado de Goiás, seja na área de Produção. Defesa Sanitária Animal, Planejamento, Desenvolvimento Regional, entre outras.  

Na Secretaria de Agricultura de Goiás atingiu as posições de Chefia de Gabinete, Assessor Geral e o de Superintendente de Produção Animal. 

Na busca de conhecimentos realizou o curso de Direito, tendo se diplomado cm 1983 pela Universidade Federal de Goiás.  

Entretanto, a sua vocação como defensor da qualidade para o exercício profissional começou a se manifestar quando assumiu a Presidência do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás, onde permaneceu 10 anos, em sucessivas reeleições, reconhecido que foi pela classe como administrador sério, competente e empreendedor.  

Defensor intransigente da educação continuada como ferramenta para a elevação do padrão profissional incentivou a classe ao aperfeiçoamento, tendo ativa participação nos eventos dirigidos neste sentido.  

Seu desempenho no Conselho Regional foi decisivo para sua ascensão à Presidência do Conselho Federal, consagrando-se inteiramente a este cargo, por convicção, corno compromisso de vida.  

O homenageado sempre se colocou a serviço e em defesa da classe. Seu trabalho é imprescindivel ao desenvolvimento de valores voltados para fortalecimento da Medicina Veterinária no cenário nacional.  

Uma das principais realizações do Conselho, sob sua presidência, foi a implementação dos trabalhos da Comissão Nacional de Ensino de Medicina Veterinária, quando foram analisados e avaliados todos os Cursos existentes à época.  

A partir dessa iniciativa desenvolveu-se um movimento em defesa de melhores condições de ensino, visando, principalmente o aperfeiçoamento da infraestrutura fisica, qualificação do corpo docente, recursos necessários às atividades de extensão e pesquisas, enfim, melhores condições para uma correta execução do conteúdo curricular.  

Tais realizações subsidiaram Comissões para apresentação de propostas ao MEC, com Diretrizes Curriculares Nacionais destinadas ao ensino de Graduação Superior em Medicina Veterinária, aceitas e transformadas em Resolução pelo Conselho Nacional de Educação em 2003.  

Um dos seus maiores feitos foi a instituição do Exame Nacional de Certificação Profissional, como requisito obrigatório para inscrição nos Conselhos de Medicina Veterinária, e competente habilitação legal para o exercício da profissão.  

Esta exigência repercutiu favoravelmente no âmbito governamental, nas Instituições de Ensino, profissionais da área, empresários e a própria sociedade, pela constatação da preocupação do Conselho em asseverar a qualidade dos profissionais colocados no mercado de trabalho.  

Sabemos que não foi fácil mobilizar forças para o primeiro embate e realizar os exames, acolhidos inicialmente com restrições e cautela, mas hoje aceitos e se constituindo em honroso desafio profissional para comprovação dos conhecimentos.  

Outras iniciativas ainda são creditadas aos seus esforços como o empenho na regulamentação da residência Médico-Veterinária, seus pronunciamentos contra a mercantilização do ensino no país e o risco dos interesses econômicos ultrapassarem os da qualidade dos cursos.  

Pela importância que se revestem, são dignas de inclusão nesta homenagem as iniciativas do Presidente do CFMV, participando dos trabalhos de resgate dos acontecimentos, da evolução de nossa profissão, o registro do passado, trazendo à publicação a História da Medicina Veterinária no Brasil, a História da Escola de Medicina Veterinária da UFBA e o lançamento hoje dos Anais desta Academia Baiana.  

A criação da revista do Conselho Federal também está incluída entre as suas concretizações, constituindo-se, além de veículo de divulgação de informações relevantes do interesse profissional, em publicação de cunho técnico-cientifico diferenciado, impondo-se pela qualidade e se constituindo em fonte de referência.  

Com raro descortino idealizou e realizou Tele Conferências, com resultados auspiciosos e alcançando a participação de profissionais em todo território brasileiro, debatendo assuntos relevantes e atualizados, utilizando essa forma de comunicação para proporcionar a educação continuada.  

Também não poderíamos deixar sem comentários o apoio oferecido a inúmeros Conselhos Regionais, dotando-os de sede própria, fortalecendo as condições de trabalho, elevando técnica e socialmente a classe, e ainda prestigiando pela sua presença em inúmeras oportunidades.  

O cargo e as realizações jamais suplantaram a modéstia e a discrição do homem, e este momento é de especial importância para a Academia Baiana de Medicina Veterinária, que em reconhecimento aos méritos de Benedito Fortes de Arruda, pela unanimidade de seus membros, lhe outorga a comenda de Ordem do Mérito da Medicina Veterinária da Bahia.  

Parabéns e Muito obrigado. 

 

PRONUNCIAMENTO DO MÉDICO VETERINÁRIO BENEDITO FORTES DE ARRUDA, POR OCASIÃO DA OUTORGA DA COMENDA DA ORDEM DO MÉRITO DA MEDICINA VETERINÁRIA DA BAHIA.  

 

Minhas senhoras, meus senhores. 

 

0s conflitos a cada dia que passa recrudescem e os comportamentos sociais estão a demonstrar que a sociedade em que vivemos necessita de reflexões introspectivas para conseguirmos um mundo de paz e harmonia. 

Assistimos a um processo de desenvolvimento nos mais diferentes campos de atividade. Mas qual o sentido que tem o progresso da ciência, tecnologia, economia e das demais ciências que buscam as mais variadas formas que propiciam o conforto, facilidade e tranquilidade? 

Não se discute os benefícios ofertados pela tecnologia, mas convenhamos, tem promovido um verdadeiro muro entre as pessoas, tornando-as mais distantes, mais insensíveis, mais frias em relação ao próximo.  

Falta sentimento e sobra razão. Todos esses avanços devem ter sentido de natureza ética.  

Essa ética consiste em um mínimo de valores e normas que os membros da sociedade contemporânea compartilhem, independente de suas concepções religiosas, filosóficas, políticas ou culturais.  

O exercício dessa ética nos leva a compreender que a convivência de concepções diversas é fecunda e que cada um tem o perfeito direito de levar a cabo seus projetos pessoais de felicidade.  

Muitos, nesta vida, passam como nuvens passageiras e logo se esvaem com o tempo, sem nada produzir, sem nada sentir, sem dividir momentos que transcendem a matéria. 

Quem fita o céu sem contemplá-lo, não enxerga as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas. 

Só passa pela vida, não vive. 

Em todos os passos da luta humana encontramos a virtude rodeada de vícios e o conhecimento edificante quase sufocado pelos espinhos da ignorância, porque, infelizmente, cada um de nós, de modo geral, vive a procura do “eu mesmo”. 

Vivemos , pensamos, operamos todos os dias em busca de um ideal que é a felicidade.  

A nossa existência não pode ser considerada fruto do acaso, mas de compromissos assumidos de podermos viver em busca de fraternidade e solidariedade.  

A felicidade foi, é e será sempre a mais profunda aspiração do homem.  

Ninguém há que não deseje conquistá-la, tê-la como companheira inseparável no decorrer de sua existência. 

A felicidade existe não como a concebemos com intermináveis realizações materiais, mas fundamentada na convivência respeitosa com todos os seres.  

É dessa interação que surge como fonte inesgotável de troca de benefícios mútuos, a integração salutar buscando a perfeita harmonia. 

A felicidade consiste no gozo de todos os esplendores da criação, que nenhuma linguagem humana jamais poderia descrever que a imaginação mais fecunda não pode conceber.  

A felicidade consiste na ausência de sofrimentos físicos e morais, numa satisfação íntima, numa serenidade d’alma imperturbável, no amor que envolve todos os seres, por causa da ausência de atrito e acima de tudo na contemplação de Deus e no entendimento dos seus mistérios revelados através da natureza. 

A felicidade também existe na realização das tarefas cujos encargos nos fazem felizes.  

Fomos convocados para construir um mundo melhor e temos a obrigação de afastarmos o verbo da crítica destruidora e defender a concha dos nossos ouvidos contra acusações injustas.  

Tomemos como exemplo a vida dos heróis e desbravadores, todos passaram incompreendidos, desrespeitados e vilipendiados.  

O riso de uns poucos, arraigados ao ceticismo e ignorância de muitos idiotas, explodiram muitas vezes em gargalhadas com que procuravam humilhá-los.  

A mordacidade, porém foi vencida pela verdade que eles defenderam e as gerações futuras o confirmaram. 

Cinco séculos antes de Jesus Cristo, Aristarco de Samos já pregava o sistema heliocêntrico, no entanto, não faz muito, Galileu foi constrangido a negar tal verdade. 

 Quando Eratóstenes, com instrumentos rudimentares e primitivos calculou a circunferência da terra em 39.690 quilômetros, foi considerado louco.  

A ciência contemporânea dispondo dos mais perfeitos aparelhos mediu essa mesma circunferência, que é de 40.075 quilômetros, constatando uma diferença de apenas 385 quilômetros. 

Hiparco afirmava que o ano solar era de 365 dias e ¼, menos 4 minutos e 48 segundos foi ridicularizado.  

Comprovou-se recentemente um engano de apenas seis minutos.  

Nada pode ser atropelado. Tudo na natureza tem o seu tempo. Nada se realiza aos saltos e na pauta da lei divina não existe privilégio em parte alguma e é a própria natureza que nos apresenta preciosas lições.  

Enche-se a espiga de grão em grão. Desenvolve a árvore de milímetro a milímetro.  

Nasce a floresta de sementes insignificantes.  

Começa o tecido nos fios. Levanta-se a construção peça por peça. 

A estrada é pavimentada metro a metro.  

A nós foi concedida a dádiva do pensamento e construção, todos os dias, toda hora, em todos os atos, da nossa liberdade.  

Somos artífices do nosso presente e do nosso futuro e únicos responsáveis pelo passado.  

Precisamos entender que se todas as coisas estivessem previamente determinadas e nada se pudesse fazer para impedi-las ou modificar-lhes o curso, a criatura humana se reduziria a simples máquina, destituída de liberdade porque não teria opção.  

E graças à faculdade que tem o indivíduo de determinar a sua própria conduta, ou, em outras palavras, a possibilidade que ele tem de “entre duas ou mais razões suficientes de querer ou de agir, escolher uma delas e fazer que essa escolha prevaleça sobre as outras, é que não somos máquinas”.  

Pensamos, raciocinamos e agimos em busca dos nossos objetivos, se erramos não temos o direito de imputar a ninguém as nossas falhas, nossos fracassos, nossos desenganos.  

Senhores acadêmicos,  

A Academia se constitui na consagração de uma dedicação.  

Representa o coroamento de experiências vividas.  

Consolida a vivência de quem realizou alguma coisa.  

O acadêmico é fruto de uma colheita. Mas também significa semeadura.  

Os senhores se constituem em sementes trabalhadas com carinho e dedicação, muitas vezes enfrentando o sol causticante, a chuva estafante, mas dando frutos àqueles que, ávidos do saber saboreiam de seus conhecimentos. Deram sombras a outros, que acolhidos debaixo de seus frondosos braços repousaram se reenergizando para seguir a caminhada.  

Sabemos perfeitamente que a produção científica e literária continua, para que os que venham depois possam conhecer as flores da verdade e os preciosos frutos de uma geração de valores.  

A academia é o local privilegiado da discordância e do livre argüir e pensar. Nela não há de se reparar em opiniões divergentes. Aprender a aferir o próprio conceito e o do outro e ampliar informações que nos conduzam a mais refinada reflexão.  

Faz parte do compromisso com o dever intelectual, com a justiça e a verdade. Assim sendo, pensar é para os justos.  

Outra não pode ser a função da academia, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.  

Agradecimentos 

Honra-me sobremaneira esta honraria que me outorga a Academia Baiana de Medicina Veterinária, em especial aos amigos Eliel, João Vieira, Wilma, Geraldo, Luciano, todos suspeitos por que amigos.  

Trabalhar sempre em prol da Medicina Veterinária e Zootecnia tem sido a minha saga.  

A árvore que plantas produzirá não somente para a tua fome, mas para socorrer as necessidades de muitos.  

Ninguém vive para si.  

Queiramos ou não, é da lei que a nossa existência pertença às existências que nos rodeiam.  

Vivemos para os nossos familiares, nossos amigos, nossos ideais, buscar a verdade e exercitá-la sempre, eis um grande desafio.  

Mas lembremos sempre que não seremos livres pelos “aspectos da verdade” ou pelas “verdades provisórias” de que sejamos detentores no círculo das afirmações apaixonadas a que nos inclinemos.  

Muitos, em política, filosofia, ciência e religião se afeiçoam a certos ângulos da verdade e transformam a vida numa trincheira de luta desesperada, a pretexto de defendê-la, quando não passam de prisioneiros do “ponto de vista”.  

Muitos aceitam a verdade, estendem-lhes as lições, advogam-lhe a causa, proclamam-lhe os méritos, entretanto, verdade libertadora é aquela que conhecemos na atividade incessante do eterno bem.  

Aos acadêmicos que me consagraram tamanha honraria, os meus agradecimentos sinceros e a minha eterna gratidão pelo gesto de consideração.  

Que Deus, na sua infinita bondade me dê a serenidade para poder aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as coisas que posso mudar, e a sabedoria para saber a diferença.  

Minha homenagem às mulheres. 

Permitam que eu faça uma homenagem às mulheres porque são a síntese da felicidade e liberdade. Essência da compreensão e do amor.  

Sublime dádiva divina, lendo o Poema de Ana Lins Guimarães Bretas - “Cora Coralina”.